o penico
O penico
Acordei triste e pensativo com uma dor de dente e uma dor no pé do umbigo, A barriga estava até roliça.
Triste fiquei sem saber que dor era aquela. Mamãe gritei.
Mamãe falou: isto são gases presos, toma este comprimido e se não sarar, prepare o nariz e o penico.
Horas passei sentado no penico parecia até um rodízio tirava um cheio e colocava outro vazio: lágrima corria, suor escorria.
Mamãe abriu porta, janela e ligou até ventilador, na rua quem passava gritava, mas que fedor! A dor de dente até que passou.
Alegre fiquei: barriga vazia, só restou o fedor.
Monte de penico do lado do tanque ficou
Mamãe falou: jogo desinfetante dá uma lavada e novo ficou.
Varro a área, tiro as moscas que morreram ou desmaiaram.
Um homem prevenido vale por dois: um nariz resistente ao fedor e um penico na hora da dor.
Paulo Pereira
Associação Cultural Literatura no Brasil
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