o penico

O penico

Acordei triste e pensativo com uma dor de dente e uma dor no pé do umbigo, A barriga estava até roliça.

Triste fiquei sem saber que dor era aquela. Mamãe gritei.

Mamãe falou: isto são gases presos, toma este comprimido e se não sarar, prepare o nariz e o penico.

Horas passei sentado no penico parecia até um rodízio tirava um cheio e colocava outro vazio: lágrima corria, suor escorria.

Mamãe abriu porta, janela e ligou até ventilador, na rua quem passava gritava, mas que fedor! A dor de dente até que passou.

Alegre fiquei: barriga vazia, só restou o fedor.

Monte de penico do lado do tanque ficou

Mamãe falou: jogo desinfetante dá uma lavada e novo ficou.

Varro a área, tiro as moscas que morreram ou desmaiaram.

Um homem prevenido vale por dois: um nariz resistente ao fedor e um penico na hora da dor.

Paulo Pereira

Associação Cultural Literatura no Brasil

paulo.pereira13@isbt.com.br

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PAULO PEREIRA
Enviado por PAULO PEREIRA em 14/01/2007
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