Uma ode ao nada
Uma ode ao nada ou
DúVidaCruel
=============ErdoBastos
Lá fora está uma calma tão grande
Parece que o mundo todo está parado
Nada que voe, ou que na terra ande
Por um momento o mundo parece acabado
Há minutos, na árvore que admiro
Não pousa uma ave nem se mexe um galho
Estarrecido, constato que assim prefiro
Parece que assim, olhar dá menos trabalho
E me deixo levar pelo prazer da preguiça
Debruço-me a olhar o mundo da janela
Mundo estático, que nem o vento atiça
E que parece ser emoldurada aquarela
Na varanda, entre os paus jaz uma rede
Ali parada numa espécie de abandono
Refrescada pela sombra de uma parede
É uma ode ao nada, um convite ao sono
E o cruel dilema na minha alma se instala
E olho a calma rede no seu canto sombreado
Não sei se movo o mundo e vou ocupa-la
Ou se deixo o mundo quieto e fico cá sentado...
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É nisso que dá ler Dorival Caymi....
Hehehe
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