Essa piada, literalmente, "não me cheira bem"...
Dois matutos, daquele tipo São Tomé ("só acreditam, vendo") vão andando por uma estrada de chão-batido, retornando do trabalho no campo já na "boca da noite". A escuridão começa a cair. Mesmo assim, os dois conseguem distinguir, no meio da estrada, algo que se assemelha a uma cobra enrolada e com a cabeça levantada ou...bem.. aquela coisa que o organismo expulsa, por lhe ser imprestável...o produto da digestão.
Os dois se entreolham como que querendo saber qual dos dois fará a prova-dos-nove a respeito do que verdadeiramente é aquilo que está no meio do caminho : se é uma cobra mesmo ou se...bem, continuando...
O que parece mais corajoso dos dois diri- ge-se resolutamente até o "obstáculo", começa a andar em torno, até que cria coragem para chegar bem perto e...tocar com a ponta do dedo e...cheirar.
A seguir, com o dedo ainda perto das narinas (sob o olhar atento do outro), nada diz ao amigo, apenas ba-
lança a cabeça, naquele gesto característico de dúvida.
O outro , encorajado pelo amigo que tocou
o "obstáculo" e cheirou, também se aproxima da "coisa", encosta delicadamente o dedo nela, retira uma "amostra" e testa na ponta da língua.
Aí, vira-se para o outro amigo e diz :
- Num é cobra nã, cumpádi !
Ao que o outro retruca :
- Já imaginô se nóis pisa in cima?
E os dois retomam a caminhada de volta
para casa...