HERRAR É O MANO

O que é melhor? Errar vez em quando e viver bem? Ou acertar sempre e ser infeliz?

Faço a pergunta porque li que, segundo pesquisas “a maior parte dos suicidas são pessoas consideradas certinhas. Que dificilmente cometem erros” Agora, como os pesquisadores chegaram a essa conclusão? Será que entrevistaram os mortos? Ou perguntaram antes do ato fatídico?

Brincadeira da minha parte. Porque o suicídio é para pessoas equilibradas, que não cometem erros. Imaginaram o desgosto daquele que tenta e não consegue? Bebe veneno e vomita. A corda se rompe. O tiro falha. O carro breca em cima. Deve dar uma sensação de impotência, não é?

Um erro que virou acerto: quando Cabral errou o caminho das Índias e descobriu o Brasil. Tivesse um bom navegador a gente estaria tranqüilo aqui e quem sabe uns bons anos depois os suíços nos descobririam. Hoje seríamos os maiores fabricantes de relógios cuco e queijo suíço. E não teríamos futebol nem Carnaval. Hummm, seria meio chato, né? Tocar aquelas trompas alpinas e não pandeiro. Dançar valsa e não samba.

Voltando aos erros, faz parte da vida. Imagine se os judeus, quando inquiridos por Pilatos sobre quem libertar: Jesus ou Barrabás, tivessem feito a escolha certa? Barrabás seria crucificado , Jesus ia ficar arisco com os romanos, se casaria, teria filhos e morreria velhinho, plantando oliveiras ou montando banquinhos de madeira. E hoje não teríamos essa plêiade de religiões infestando os canais de teve madrugada afora.

Seria meio chato não comer bacalhau na Semana Santa nem chocolate na Páscoa . Em compensação o Edir Macedo continuaria servente no Maracanã; a Bispa da Renascer ia montar uma boutique para madames e o padre Marcelo Rossi não gravaria essas musiquinhas que entopem nossos ouvidos nem ganhado milhões com o Ágape. E o Robson não seria vereador aqui na minha cidade nem a pau. Lembram que se elegeu na primeira vez com o mote: Votem no Cristo da Via Sacra? Pois é.Ele fazia o papel de Cristo na encenação.

Voltando ao Filho do homem, seria legal ter um salão de recreações nos terrenos centrais das cidades em vez de igrejas; em vez do catolicismo, quem sabe uma adoração ao Sol um michaeljacksionismo, um lennonismo, um ou quiçá um madonismo. Talvez um moseisismo.Só que o mundo estaria uns bilhões populacionais a mais. Imaginem quantos escapariam da Inquisição e continuariam fazendo filhos? E os muçulmanos que escapariam das Cruzadas? Ham? Ham?

Portanto, quando errarem( e vão errar muito nessa vida) liguem não! Nem joguem o erro em cima de outros. Talvez seu erro de hoje transforme o mundo. E se não transformar. . . bem , um a mais um a menos. kkkkkk

OBS- eu mesmo cometi um erro neste texto( se o Zoião ler tenho certeza que vai falar: Um? Dexa de ser humilde, o cara! Tem muito mais.), que até pensei em corrigir, mas deixei quieto. No parágrafo em que falo do Cabral errar o caminho da Índias. Quem fez essa cagada foi o Colombo. E tenho certeza que todos perceberam. Ou não???