QUANDO ELE ME PEGOU...

Sentada lá no caramanchão

lia meu Poeta predileto

- versos tão lindos -

e sonhava acordada...

Distraída nem percebi a invasão...

Ele sorrateiro chegou

e a procura de um local

para se aninhar

logo, logo se instalou...

Eu, inocente, nem para imaginar

que era a presa mais fácil.

Nem liguei pro arrepio repentino,

muito menos para o espirro

e por lá continuei. Mas de repente...

arrepio e espirro...dor aqui e acolá...

olhos a lacrimar... corpo quente...

Aí me dei conta e com a cabeça já a rodar,

larguei o Poeta pra lá

e fui para a cama, já sabendo

que pelo menos durante cinco dias

era com ele que eu ia dormir...

O resfriado.

Maria Emília Xavier

Obrigada pelo conselho, e também pela interação. Adorei os dois, Fernando.

De tão inspirado,

teu poeta predileto te passou um resfriado!

Leva esses versos para a cama contigo,

pra eles também sofrerem o mesmo castigo.

Fernando A. Freire

Maria Emilia Xavier
Enviado por Maria Emilia Xavier em 16/02/2012
Reeditado em 06/05/2016
Código do texto: T3502079
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