Bosco França e o Boneco
Era uma tarde de domingo ensolarado do dia 9 de setembro de 1990, quando no Estádio Lourival Baptista (Batistão) ia se realizar uma partida de futebol entre as equipes do Confiança e Sergipe.
-Eu garanto que o Confiança vai ganhar de goleada e aposto o que você quiser. -dizia o torcedor fanático Nivaldo, morador da Barra dos Coqueiros.
-Que nada o Sergipe é mais estruturado e é melhor time que o Confiança. Tá apostado uma caixa de cerveja. -desafiou Moacir Moura, irmão Rildo, filho de Seu Vavá.
A torcida do Dragão Azul era comandada por Milton Dantas e mais estrondosa que a torcida adversária Diabo Rubro. Era tudo festa: o gol da sorte premiava várias bicicletas e até um carro de marca Gol. As emissoras de Rádio sorteavam prêmios para melhor jogador, goleiro etc. a Policia Militar estava em ordem para apaziguar os desordeiros. A ambulância estava preparada para quaisquer casos clínicos.
Tudo estava completo, até que a Associação Desportiva Confiança entrou em campo e o sorriso tomou conta das torcidas. Motivo: o time proletário ao pisar o gramado vinha acompanhado de um boneco gigante, com dois metros de altura, desengonçado e desmunhecado com a caricatura do deputado federal Bosco França.