A MULTIPLICAÇÃO DOS COELHOS

A crônica que aqui discorrerei até poderia ser parte integrante dum sério artigo sobre economia que eu intencionava escrever, obviamente sobre leiga economia popular, aquela super conhecida das donas de casa, porém, como a inspiração me veio dum humorístico "cartum" de Páscoa que corre pelo facebook, no qual um cidadão preocupado em pagar as contas do ano passado e os impostos deste esgana um coelhinho assustado (parecia que um LEÃO se aproximava do coelho, imaginem!), então eu resolvi fazer da tragédia dos impostos algo mais humorado.

Claro, imposto é algo muito sério e bem gostoso de se pagar em época de tsunamis econômicas, porque, ao menos aqui, só reverte em coisas boas a favor da cidadania.

E saibam, desde Janeiro deste ano eu, na qualidade de DESCONFIADA dona de casa, venho percebendo que a marolinha econômica que nunca nos atingiria resolveu se fazer tsunami lá nos supermercados, só para marcar presença no mundo todo.

Mesmo no mundo fantasioso dos políticos.

Eu pensava comigo "tem algo de estranho neste MAR MORTO das compras domésticas".

Então aprendi a lição de economia dos mares: Marola boa é aquela que, mesmo bem devagarzinho, vira legítima tsunami... um dia!

Nem que seja na Páscoa!

Então era isso, era a marolona que inundaria o mar morto para nos alertar que o tal do mar não está para peixinho...só está para os tubarões dos impostos.

E o governo quietinho! Tudo sempre sob o controle...da classe média assalariada, que em tempos de Páscoa multiplica o número do impostômetro mais rapidamente que a multiplicação dos coelhos.

E sem direito a chocolate de brinde!

E quem disse que não?

A situação está tão tranquila que vão financiar os ovos de Páscoa ao povo! Em doze vezes! No cartão! Sem juros! E sem correção porque aqui não tem inflação!

Quem teve esta altruísta ideia de coelho?

A rainha Antonieta diria: "Brioche de chocolate aos coelhos!". Isso me parece plágio da História. Tudo bem, por aqui se copia de tudo mesmo...

Sabiam disso? Uma amiga me contou que está tudo financiado.

Ainda bem que o calor das emoções não derrete chocolate!

Outra manobra de "esconde-esconde" dos coelhões que dia desses aprendi a identificar lá na notícia do rádio:

" A associação dos supermercados diz que as compras já recuperaram fôlego em Março).

Que fôlego? As compras, por acaso, estavam sufocadas?

Decerto que ainda não inventaram nada que absolutamente um cartão de crédito não resolva...para que dinheiro?

Até o nosso fôlego para pagar impostos se pode financiar no cartão, todavia, a minha crença anda meio...sinceramente, nada crível!

Já não dou crédito nem aos tantos coelhos da Páscoa, já que "vida nova" por aqui é sempre dívida nova com crédito novo multiplicado a se perder os coelhos de vista.

Mas deixemos de blá blá blá, porque a época é de engorda para os coelhos e para os LEÕES. Já o povo, ó!

Lá vou eu comprar meus ovos...NO CARTÃO! Em vinte vezes e sem entrada!

O verbo "pagar" eu conjugarei depois que a marolinha abaixar.

Tão fácil quanto multiplicar os coelhos.