VELHOS TEMPOS

Sei perfeitamente que isso pode ter acontecido com você! Será que a madame, que me lê, não é a mesma que estava (já faz muito tempo) com seu namorado no sofá da sala e quando soltava um pum daqueles fedorentos,dizia para o cãozinho de estimação que permanecia embaixo do sofá: -- Sai daí Luluuuu!

Até que seu amado,vendo que não era o cãozinho disse: -- Sai daí Lulú...senão ela vai fazer cocô em cima de ti!!!

VELHOS TEMPOS

AYRES KOERIG

Hoje já estamos bem distanciados,

Do tempo em que casais de namorados,

Se respeitavam com aquele afeto!

Parece que era tudo mais correto.

Porém algum senão também havia,

Acobertado sempre pela tia,

Pelo vovô ou mesmo pela avó.

Foram diversos não pensem que um só...

Iluminavam ruas lampiões,

Deixando na penumbra os quarteirões.

Às vezes ela punha-se a janela,

Bordando à luz fraquinha de uma vela,

Usando em suas mãos um bastidor,

Às noites esperando seu amor...

Assim aconteceu num belo dia,

Ou melhor, numa noite em que Sofia,

Por certo que esperava o namorado.

Um rapaz louro, bem-apessoado.

Tinham brigado, mas já feito as pazes...

Naquela noite estava ela com gases

E cada vez que um pum ela soltava,

QUE ALÍVIO ela em voz alta então falava...

E após muitos soltar ela notou,

Que Olívio já chegara e perguntou:

-- Estás já aí há muito tempo Olívio?

-- Já estou aqui desde o primeiro alívio...

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 19/06/2012
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