Português em Jantar Fino; Mulher no Confessionário.

Português em Jantar Fino:

O Manuel vai a uma festa de gente rica. Com medo de dar algum fora, fica observando como os demais convidados se comportam. Observa alguém já satisfeito, palitando os dentes, com discrição.

Mais tarde, o anfitrião, vem cumprimenta-lo:

–E ai, Manuel? Está sendo bem servido?

–Olhe, pá! Eu nunca comi tão bem! Só daqueles palitinhos, que as pessoas comem escondido, tapando a boca com as mãos, eu já comi uns quinze…

Mulher no Confessionário:

Uma voz feminina sussurra:

–Padre, perdoa-me porque pequei...

–Diga-me, filha, quais são os teus pecados?

–Padre, o demônio da tentação se apoderou de mim, uma pobre pecadora. Quando eu falo com um homem tenho sensações no corpo que não sei descrever.

–Bem, filha, como são essas sensações?

–Não sei bem como explicá-las... Neste momento meu corpo se recusa cair de joelhos e necessito ficar mais à vontade.

–E que mais?

–É como um sofrimento, em que não encontro palavras para descrever, padre.

–Continue, minha filha.

–Talvez um pouco de calor me alivie.

–Calor?

–Calor, padre, muito calor humano, que possa trazer algum alívio a este meu triste padecer.

–E com que frequência surge essa tentação?

–Permanente, padre. Por exemplo, neste momento imagino que suas mãos massageando a minha pele me daria muito alívio.

–Perdoa-me, minha filha, mas preciso saber tua idade.

–74, padre.

–Minha filha, pode ir em paz que o teu problema é reumatismo.