Pois é! Nesses tempos de calor e chuva, poluição e baixa umidade do ar peguei uma gripe.
Nessas alturas, já nem sei se é gripe ou alergia. Ou alergia ou gripe sei dizer que está pra lá de mês que estou nesse chove e não molha: gripe ou alergia ou alergia ou gripe?
Um médico diz que é gripe e outro diz que é alergia e quem padece sou eu com medo de morrer.
E por falar em medo de morrer, Meu cunhado que de tudo faz uma graça me diz:
- vem cá: 
Tu tens medo de morrer por quê? 
Tu és melhor do que os outros? 
Se todo mundo morre, tu queres ficar aqui pra que? 
Pois não é que ele tem razão e eu não sabia? 
E esta história de medo de morrer aconteceu justamente quando eu era criança e o povo inventou que o mundo ia se acabar. 
Que o mundo ia ficar sete dias e sete noites no escuro e depois o sol derreteria a terra.
Nesta época fiquei no maior desespero, acredito que esta estória mexeu com a cachola, ou com o meu juízo, ou com o emocional de uma pessoa que conheço: EU.
Aliás, pensava que conhecia, porque depois de uma vida inteira descubro morro de medo de morrer!
Mas, não é muito é só um pouco! Mas, pense numa pessoa que tem medo de passar mal! E com essa gripe que não sei se é alergia, resolvi comprar um remédio que a minha mãe usava muito quando éramos criança. Só não vou dizer o nome. Porque não sou médico!
Mas só eu mesma sei do malabarismo que precisei executar para abrir a tal latinha.
Naquele tempo a bichinha era ruim de abrir e hoje pude ver com esses olhos que um dia a terra há de comer, que a danadinha da latinha ficou pior!
Sem brincadeira, vira prá lá vira pra cá, aperta daqui aperta dacolá, vira pra cima vira pra baixo, tenta com um pedaço de pano, e a danadinha não abre pra eu sarar de vez da minha gripe, que não sei se é alergia.
Uma coisa eu digo: duvido que naquela latinha entre bactéria, ar, água, micróbio, vírus, pensamento, ou seja, lá o que for.
E depois que tentei de tudo quanto é jeito e isto em plena madrugada, tive que acordar todo mundo pra abrir a danada da latinha.
Por fim meu marido conseguiu, depois de quebrar a unha. E tem uma coisa, depois que fechar, vai ser pior, porque a danadinha começa a escorregar entre os dedos, daí quero ver tudo de novo! Mas é um santo remédio que passado de avô pra pai, e de pai pra filho e de filho pra neto e de neto pra bisneto, vai curando as gripes de muita gente e se brincar até as alergias também. Pelo menos a minha está quase curada e dou viva a latinha que guarda tão bem guardado o remédio para tantas gripes, seja alérgica ou não.
 

Emedelu
Enviado por Emedelu em 26/03/2013
Código do texto: T4208857
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.