A velhinha
No supermercado, uma graça a velhinha. Eu pegava um produto, ela sorria...
Já na fila do caixa, ela estava na minha frente com seu carrinho abarrotado, sorrindo.
Disse-me ela:
- Espero não tê-lo incomodado, mas você se parece muito com meu falecido filho.
Com um nó na garganta, respondi não haver problema, tudo estava bem...
- Posso lhe pedir algo incomum? (disse-me a senhora idosa).
- Sim. Se eu puder lhe ajudar...
- Você pode se despedir de mim dizendo "*Adeus, mamãe, nos vemos depois"!!!
- Assim sempre disse meu filho querido. Ficarei muito feliz!
- Claro, senhora! Não há nenhum problema (disse eu para alegria da velhinha).
A velhinha passou na caixa registradora, se voltou sorrindo e, agitando sua mão, disse:
- Adeus filho...
Cheio de amor e ternura, lhe respondi efusivamente:
- Adeus, mamãe, nos vemos depois?
- Sim, nos vemos depois querido!
Contente e satisfeito com o pouco de alegria dado à velhinha, passei minhas compras.
Quando a moça do caixa, diz: R$ 554 reais, senhor....
Tá louca? Dois sabonetes e duas pilhas?
O que a moça do caixa retrucou:
- Mas, e as compras da sua mãe, ela disse que você pagaria!
Ai eu gritei:
- VELHA FILHA DA PUTA!
(não conheço o autor)
Vicente Freire
27 de março de 2013