A NINHADA DE PINTOS

Estou reverenciando um amigo que já foi alvo em muitos dias de glórias e de prazer. Felizmente o dito cujo não sofre de alzeimer e ainda desempenha algumas das suas outras funções corretamente. Quem agora me lê, deve estar deduzindo que me refiro ao amigo Capiau, mas não, a referência de hoje é para um amigo de berço que me acompanha em tudo que eu faço. Quando às vezes o olho de soslaio, penso: Quem foste e quem és! E então chego a conclusão que:

“ARARUTA TEM SEU DIA DE MINGAU”!

A NINHADA DE PINTOS

Ayres Koerig

São Francisco criou um paraíso,

Para animais, principalmente as aves...

Andar bem direitinho era preciso,

Porque na porta havia alguns entraves!

Uma galinha dez pintinhos cria

Com nove espertos e um bem moleirão!

Ciscava procurando o que havia:

Comiam todos, o atrasado não...

Levavam vida bela e um dia assim,

Um carro com torcida do Flamengo,

Deu à galinha e pintos triste fim,

Morreram todos menos o molengo!

No céu das aves fizeram festanças,

Para os pintinhos e sua mãezinha...

De um a um se tornaram crianças

E ela em FADA – Tornou-se a galinha!

E o nosso pinto foi vivendo a vida,

Com grande frustração e muito abalo...

Lá no terreiro não tinha acolhida,

Até que um dia se tornou num galo!

E o tempo nunca para, vai passando

Embora com senões a vida é bela!

E o nosso galo quando senão quando,

Teve seu fim dentro duma panela!

Aos outros se juntar quis sem demora...

Logo na entrada o galo foi detido:

--Tu não podes entrar, passou tua hora,

Prazo de validade já vencido!

Pelos versos que acima rabisquei,

Sabem qual dedução de causa e efeito?

Que eu tiro do que agora lhes contei:

-- PINTO MOLE NÃO ENTRA, NÂO TEM JEITO!

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
Código do texto: T4311174
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