A CASA RISONHA

Naquela casa, era sempre assim, só alegria. Não foi diferente naquele

domingo, entre famílias.

Todos estavam conversando, antes do almoço. Quando começou uma

pequeno diálogo entre a dona da casa e sua mãe, uma senhora já tida

em alguns anos. E esta pobre só se mechia na poltrona, sem qualquer explicação, balbuciava entre dois lábios murchos. Ao que a filha arguia:

- Veja, agora virou criança. Não quer usar a prótese. Diz que dói, cai

e não consegue mastigar. Não sabe onde está.

Aquela cena arrastou-se por mais uns minutos. Quando todos quase

explodiram de tanto rir ao ver a cachorrinha da casa, entrar na sala,

exibindo um farto e alvíssimo sorriso postiço. Tal qual "O Máscara".

Aí a velha senhora lembrou-se que embrulhara sua dentadura num

pano e a guardara em algum lugar, onde a cachorrinha com fome, ou

por travessura, encaixou-a na boca, como se fosse sua.

Até a velha senhora riu com a peraltísse do animal.

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anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 28/06/2013
Código do texto: T4362849
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