A Seita da Grã Ordem da Lamparina Sagrada - parte V

Sei que algum leitor impaciente deve estar se perguntando: “Que diabos tem esta parte com todo o resto da estória da criação da porra da Seita da Grã Ordem da Lamparina Sagrada?”

Admito que é uma pergunta pertinente. E se o autor tivesse algum escrúpulo, aconselharia o leitor mais apressadinho a saltar algumas partes e ir direto para o capitulo final. Não que o capitulo final tenha alguma coisa mais interessante do que o que foi dito até aqui. Mas o apressadinho poderia enfim, acabar logo com este texto mal escrito, e ler aquele romance de um autor americano premiado. Romance que foi ganho em um amigo oculto do natal de 1998, e que, por preguiça do apressadinho, continua virgem em uma estante de sua biblioteca. Cumprindo sua nobre função de impressionar amigos idiotas e boçais, enquanto aguarda que algum cineasta de holliwood faça uma adaptação ainda mais imbecilizante do que o tal autor premiado tinha conseguido fazer no romance original, finalmente criando opções para que o apressadinho possa conhecer a obra sem fazer nenhum esforço mental.

Mas voltando a pergunta pertinente (apenas para os que não são apressadinhos e não seguiram os conselhos do autor, caso ele tivesse algum escrúpulo – o que definitivamente ele não tem.) não tem nada há ver este texto com a estória da criação da Seita da Grã Ordem da Lamparina Sagrada. A não ser o fato de que este texto era um trecho de um destes livrinhos de bolso, em que autores nacionais fracassados se escondem sob pseudônimos estrangeiros para escrever estorinhas ridículas de faroeste e bang-bang. Livrinhos estes que, algumas criaturas, como a Miriam Leitão, acham que fazem parte da mais alta literatura Brasileira. O que pode ter algum sentido. Afinal o Paulo Coelho não foi eleito para a Academia Brasileira de Letras?

Bom , mas o que importa – antes que eu me perca – é que este era um trecho de um destes livrinhos de bolso que “um dos quatro” , (aquele da vampira) estava lendo quando aconteceu algo muito, muito estranho.

PARTE VI

O sol terminara de surgir por completo no horizonte. Toneladas de núcleos de hidrogênio explodiam, lançando no espaço e em direção a um planetinha insignificante, energia em forma de calor e luz.

As explosões espalhavam em todas as direções, partículas infinitesimais de matéria, que uma espécie de primata , tão insignificante quanto o planetinha, batizaram de neutrinos.

Estes neutrinos, apesar de serem matéria, às vezes se comportavam como ondas, e ao passarem pelos espaços entre os átomos, existentes na composição das moléculas, se portavam como ignorantes, que desconhecendo os fundamentos da mecânica clássica, ocupavam varias coordenadas de espaço ao mesmo tempo.

Como se fosse possível um corpo com massa estar em vários lugares ao mesmo tempo.

Como isto não era possível, mas estava acontecendo, os tais macaquinhos insignificantes e arrogantes, resolveram criar uma teoria chamada de Mecânica Quântica, que ninguém entendia direito, mas que servia para o pessoal passar o tempo teorizando nas faculdades.

Feito isto os macacos insignificantes, arrogantes e prepotentes, colocaram uma pedra sobre o assunto e foram tratar de coisas mais importantes, como por exemplo, ganhar dinheiro, trocar de aparelho celular e mandar vídeos para a edição do Big Brothers Brasil XX, para quem sabe, aparecer na TV todos os dias.

Obviamente, estes fenômenos de núcleos de hidrogênio explodindo e neutrinos fantasmas atravessando o corpo da gente, não foi o que de muito estranho aconteceu naquele dia. Isto tudo, apesar de muito estranho, acontece com regularidade freqüente, e o que aconteceu naquele dia, foi algo de uma singularidade estonteante.

milimetro
Enviado por milimetro em 18/04/2007
Reeditado em 09/01/2008
Código do texto: T454765
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