A MORTE DO POLIGLOTA

Vai ser sabichão assim lá na Conchichina!!!

A MORTE DO POLIGLOTA

AYRES KOERIG

A sala iluminada e no caixão,

Num acidente, um golpe de judô,

Lá estava inerte aquele cidadão,

Que sempre muitas línguas dominou.

Era homem simples de grande talento;

Por todos da cidade era querido...

Por isso a sala cheia no momento,

Para homenagear o falecido.

Mas um repórter com muita meiguice

Informação da sua vida toma:

-- Quais as palavras últimas que disse?

Quis saber a viúva: -- Em qual idioma?

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

NO RESTAURANTE

-- Garçom o que é que tens de bom hoje?

-- Hoje temos língua de vaca...

-- Cruzes! Se eu viu comer uma coisa que sai da

boca de um animal?!!!

-- Traze-me dois ovos estrelados!!!!!

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 19/11/2013
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