A MORTE DO POLIGLOTA
Vai ser sabichão assim lá na Conchichina!!!
A MORTE DO POLIGLOTA
AYRES KOERIG
A sala iluminada e no caixão,
Num acidente, um golpe de judô,
Lá estava inerte aquele cidadão,
Que sempre muitas línguas dominou.
Era homem simples de grande talento;
Por todos da cidade era querido...
Por isso a sala cheia no momento,
Para homenagear o falecido.
Mas um repórter com muita meiguice
Informação da sua vida toma:
-- Quais as palavras últimas que disse?
Quis saber a viúva: -- Em qual idioma?
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x
NO RESTAURANTE
-- Garçom o que é que tens de bom hoje?
-- Hoje temos língua de vaca...
-- Cruzes! Se eu viu comer uma coisa que sai da
boca de um animal?!!!
-- Traze-me dois ovos estrelados!!!!!