MARTELAR BARATO SAI CARO!

MARTELAR BARATO SAI CARO

Ayres Koerig

Não posso confirmar, não sei se foi mesmo isso que aconteceu com Olvídio (um jovem tão bonito com o nome de zoreia), meu colega de turma do Curso Complementar do Grupo Escolar Professor Venceslau Bueno, da minha querida Palhoça.

Olvídio, Vidinho como afetuosamente o chamávamos, teve um encaminhamento para um curso superior diferente do meu, que fui por questões financeiras, matriculado na Escola Normal de Florianópolis, afim de me formar professor primário.

Vidinho foi matriculado no Colégio Pedro II do Rio de Janeiro, fazendo o curso propedêutico, para após cursar a Faculdade de Direito.

Muito amigo de seu pai, quando já no Rio de Janeiro, escreveu-lhe no fim do mês a primeira carta (tu que agora me lês não vais querer que eu te conte ipsis líteris o teor da dita, não é mesmo?):

-- Papai, manda cem mil réis para as minhas despesas e manda cincoenta mil réis que quero dar u’a martelada... E assim o fazia todos os meses...

No quarto mês a resposta do pai foi a seguinte:-- Filho vê se dá estas marteladas por preços mais baixos...

A próxima carta recebida por seu Antônio foi:-- Pai manda cem mil réis para as despesas de sempre e dez mil réis para a minha martelada...

Em resposta o pai lhe disse: Agora sim meu filho, as tuas marteladas serão atendidas. E assim ia sendo feito...

Depois de quatro meses o pai recebe uma carta com este teor: - -- Papai, manda cem mil réis para as despesas gerais, dez mil réis para a martelada e um conto de réis para o conserto do martelo!!!

FELIZ NATAL PARA VOCÊS QUERIDOS LEITORES.

Ayres Koerig
Enviado por Ayres Koerig em 23/12/2013
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