Quero ar de modo comum
Primeiro o banho total sem esquecer dobrinhas
A seguir uns perfumes e brancos talcos malvos
Segundo, vem a escolha de tirar pelos na cara
Logo mais um olhar crítico para olheiras tolas
Na terceira vem o raspar deste suvaco macio
Segue-se uma análise de pelos e áreas cavas
Em quarto os delirios de lingerie na pele macia
Um arraso nos pincenês nas sombracelhas vãs
Na quinta uma baforada de Listerine e pastas
No momento o ar mimoso de aromas femininos
Em sexta lerdeza a escolha de calças e rendas
Uma cinta acima de de emplastros ou modess!
O apertar dessa cinta, a calcinha por cima, ai!
Logo mais um short de tricô e um bloomer anil
Sedas na pele e a saia com rendas a farfalhar
Um tesão imenso em sentir-se mocinha mulher
Em sétimo e fagueiro fricote num desmunhecar
Além de tudo, batons etéreos ou arrepios meus
Renasce mais uma vez uma mulherzinha armada
E quero respirar nesta tortura inamente e fútil!
Meu prazer tá na pele e meus apetites escapam...
Serei uma mulher recatada ou pilantra em vestes?
Tenho de ir À rua e trabalhar no escritório azedo!
Minhas roupas me afogam e fico afinal tolinha...