O BÊBADO DANÇARINO

Evaristo, conhecido pelos amigos como “Varistinho” era uma sujeito tímido, de boa índole, porém tinha um defeito: Gostava de uma “cana” e quando bebia sofria uma mudança radical. Ficava extrovertido, falante, contava piadas... Perdia o senso do ridículo: dançava sozinho rebolava, fazia mil firulas.

Sua esposa, seus amigos chegados viviam censurando-o, alertando-o pelas palhaçadas que fazia. Ele no “Day after” dizia que não se lembrava de nada. Um dia um de seus amigos disse:

-Quando você estiver com o rabo cheio de cachaça e começar a dançar e fazer palhaçadas, vou pedir a um amigo que filme suas gracinhas e depois você assiste, assim vai se envergonhar e nunca mais bebe...

Dito e feito foi nessa época que apareceram as primeiras filmadoras de videocassete, um sucesso, todo mundo queria ver suas caras na TV. Durante um casamento, onde um cidadão fazia o serviço de filmagem, um luxo na época, Varistinho após beber todas e mais algumas, foi ao centro do salão e começou a dançar. Os amigos pediram ao operador da filmadora que filmasse a dança do pinguço. Após o serviço, compraram a fita com a gravação da dança.

Depois, querendo envergonhá-lo, foram a uma das poucas casas que dispunha de um aparelho de videocassete, e convidaram Varistinho, sua esposa e vários amigos. A finalidade da coisa era fazer Varistinho criar vergonha e parar de beber. Rodaram a fita, nela Varistinho fazia verdadeiros malabarismos dançantes, rodava, pulava, dançava com as mãos no chão... Ele olhava admirado para a TV, e de repente perguntou:

-Aquele que está dançando sou eu?

-É você mesmo, ta vendo que palhaçada? Veja se cria vergonha e para de beber, disse sua esposa.

Ele olhava extasiado para o aparelho e de repente disse:

-Ah, gente, que implicância, deve ser despeito, eu até que danço bonitinho...

O conserto foi pior do que o enguiço... A gravação só serviu para massagear o ego dele...

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