A morte e seus mistérios
Entrevista de Morte
Considerações sobre a vida e a morte em uma auto-entrevista exclusiva (Karpot entrevista L.Otávio).
- O que é a morte?
- Um descanso da vida, para sempre, definitivo.
- Você já esteve perto da morte?
- Todos sempre estivemos, uns mais, outros menos. Ela é uma ameaça constante que só passa quando se morre. Mas a possibilidade da morte traz profundidade à vida.
- Você se sente preparado para ela?
- Nem para a vida... mas para a morte o preparo não é necessário. Essa é uma questão irrelevante.
- Como você explica o medo da morte?
- Certas coisas não são explicáveis. Posso dizer apenas que o desconhecido sempre assusta.
- Uma receita para afastar este medo?
- Morrer sem ter tempo para pensar no assunto. Exatamente o contrário do que estamos fazendo agora. Vamos trocar de assunto?
- Certo. O que você gostaria de ser?
- Feliz com mais freqüência, sem dúvida.
- Voltando ao assunto, existe vida após a morte?
- Sou pouco versado neste assunto - o que virá depois - tenho apenas desconfianças, pode ter, pode não ter...
- E isso não lhe preocupa?
- Não entendi bem a questão. O que preocupa? Ter outra vida ou não ter outra vida?
- A religião ajuda?
- A quê? A viver ou a morrer?
- O que você pensa dos suicidas?
- Apressados. Amanhã não necessariamente será igual a hoje. A vida é dinâmica por definição.
- Após morto, ter uma estátua sua numa praça, para você seria uma boa homenagem?
- Sem dúvida. Dá um certo status a possibilidade de servir de referência para as pessoas marcarem encontros – te encontro ali em frente à estátua daquele escritor famoso. De uma certa forma estaria sendo útil, enquanto houvesse a praça e a minha estátua. Nunca pensei como eu estaria representado, talvez rindo muito.
- Como você gostaria de ser lembrado?
- Primeiro gostaria que houvesse quem se lembrasse. Posto isso, bastaria que fosse com carinho.
- Em poucas palavras, a sua despedida.
- Adeus.
Entrevista de Morte
Considerações sobre a vida e a morte em uma auto-entrevista exclusiva (Karpot entrevista L.Otávio).
- O que é a morte?
- Um descanso da vida, para sempre, definitivo.
- Você já esteve perto da morte?
- Todos sempre estivemos, uns mais, outros menos. Ela é uma ameaça constante que só passa quando se morre. Mas a possibilidade da morte traz profundidade à vida.
- Você se sente preparado para ela?
- Nem para a vida... mas para a morte o preparo não é necessário. Essa é uma questão irrelevante.
- Como você explica o medo da morte?
- Certas coisas não são explicáveis. Posso dizer apenas que o desconhecido sempre assusta.
- Uma receita para afastar este medo?
- Morrer sem ter tempo para pensar no assunto. Exatamente o contrário do que estamos fazendo agora. Vamos trocar de assunto?
- Certo. O que você gostaria de ser?
- Feliz com mais freqüência, sem dúvida.
- Voltando ao assunto, existe vida após a morte?
- Sou pouco versado neste assunto - o que virá depois - tenho apenas desconfianças, pode ter, pode não ter...
- E isso não lhe preocupa?
- Não entendi bem a questão. O que preocupa? Ter outra vida ou não ter outra vida?
- A religião ajuda?
- A quê? A viver ou a morrer?
- O que você pensa dos suicidas?
- Apressados. Amanhã não necessariamente será igual a hoje. A vida é dinâmica por definição.
- Após morto, ter uma estátua sua numa praça, para você seria uma boa homenagem?
- Sem dúvida. Dá um certo status a possibilidade de servir de referência para as pessoas marcarem encontros – te encontro ali em frente à estátua daquele escritor famoso. De uma certa forma estaria sendo útil, enquanto houvesse a praça e a minha estátua. Nunca pensei como eu estaria representado, talvez rindo muito.
- Como você gostaria de ser lembrado?
- Primeiro gostaria que houvesse quem se lembrasse. Posto isso, bastaria que fosse com carinho.
- Em poucas palavras, a sua despedida.
- Adeus.