Paródia da música do menino da porteira

Toda tarde eu parava

Lá no bar do bar do Zé mineiro

De longe eu avistava

A figura de um cachaceiro

Eu pedia uma cachaça

Ele pulava ligeiro

Me paga aí uma dose

Porque estou sem dinheiro

Com aquele amigo serrote

Eu já estava acostumando

Eu lhe dava uma moeda

Ele ficava pulando

Muito obrigado, seu moço

Que Deus vá lhe acompanhando

Para aquela estrada fora

A monarque ia pedalando

No caminho desta vida

Muito espinho encontrei

Mas nenhum calou mais fundo

Do que isto que passei

Na minha passagem de volta

Qualquer coisa eu cismei

O bar estava fechado

E o pinguço não avistei

Apeei da bicicleta

No meio de um povoado

Vi o pinguço chorando

Quis saber o que o foi se dado

Um cara falou baixinho

Me chamando para lado

Cu de bêbado não tem dono

Estupraram o coitado

Lá no bar do Zé mineiro

Eu só passo de passagem

Parar lá naquele bar

Está me faltando coragem

Quando passo em frente o bar

Até vejo a sua imagem

Aquele rosto tão triste

Desejando boa viagem

Aquela cena tão triste

Do pensamento não sai

Até fiz um juramento

Que não esqueço jamais

Nem a bicha alvoroce

Eu não volto mais a atrás

Nem que garganta coce

Cachaça não bebo mais!