A CIGARRA E A FORMIGA(VERSÃO BRASIL)

Era outono, a formiga em sua labuta diária observava a cigarra feliz cantando ao sol no galho ao seu lado, a pobre formiga subia e descia para sua toca carregando pesadas folhas. Ela fazia sua reserva de comida para o inverno que se aproximava, enquanto a cigarra, indiferente, seguia com seu canto ignorando sua presença.

- Escuta aqui minha amiga – dizia a formiga – você pensa que a vida é só cantar ao sol? Vai trabalhar menina! Pense no seu futuro. O que terá você para comer quando o inverno chegar? Vai morrer de fome e frio.

- Não se incomode amiga, adoro cantar ao sol e com essa voz linda que tenho encanto a todos aqui na floresta. Trabalhar para quê?Eu hein! - replicou a cigarra.

Pois é, mas o tempo passa e com ele chegou o inverno, que naquele ano foi tenebroso.

A formiga descansava tranquila diante de sua lareira quando ouviu batidas á sua porta:

- Quem bate por favor? – perguntou.

- Sou eu - respondeu a cigarra.

- O que você quer sua vagabunda? Se veio pedir comida pode vazar. Enquanto eu trabalhava você cantava, agora não deve ter o que comer igual aquela cigarra do Esopo, NEM VOU ABRIR A PORTA!!!

- Não meu bem! Eu só vim me despedir. Pode abrir.

A formiga curiosa então abriu e deparou com a cigarra elegantemente vestida enrolada em um lindo casaco de pele.

- Pois é querida vim me despedir- disse ela -pousei em uma laranjeira, conheci um político brasiliero, famoso e rico, casei-me com ele, abri uma conta na suíça e estou indo morar em Paris. Desejo-lhe muitas folhas e felicidades. – beijou a amiga nas faces e saiu rebolando e cantando.

Moral da história: É melhor ser uma vadia cantando que uma otária trabalhando. (no Brasil, claro).

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Jogon Santos
Enviado por Jogon Santos em 01/08/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5715733
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