VÓ JUREMA e O CAFÉ COADO NA CALCINHA
Maria das Dores de Jesus, vizinha de Vó Jurema, tinha um marido garanhão. Pegador.
Com medo de terminar o casamento, ela soube de uma simpatia muito popular entre o povo de “dantes”. Segundo a crendice, quando a mulher queria ter domínio sobre o parceiro, bastava coar o café na calcinha e dar pra ele tomar. Dito e feito, Das Dores seguiu as recomendações, fez a “armadilha” e deixou o garrafa térmica com café sobre a mesa de cozinha e saiu de casa para visitar a mãe.
Na hora do café da tarde, na casa dela, apareceu um visitante inesperado que acabou tomando café junto com o seu marido.
O marido continua garanhão como sempre foi.
O que Das Dores não consegue entender é por que o mendigo que mora debaixo da ponte da BR está sempre seguindo "ela" pelas ruas do bairro, a lhe devorar com os olhos?