A minha galinha!
 
Quando criança ganhei do meu pai uma galinha
Mas muito fraca, feia e magrinha
Inteligente criança que fui, tratei de já tratar a danada
E engordei-a primeiro para comer com arroz, feijão e salada

Sempre ciscando o terreno no meio de porcos e caprinos
Fugindo de mim como se já prevendo o seu destino
Jurei para mim mesmo que em poucas semanas estaria na panela
E como criança esperta que fui, nem sentia pena dela

Foi pegando corpo a refeição de penas
E eu de longe esperando pelo momento, 3 dias apenas
E quando o dia chegou, preparei arroz, feijão e salada
Para degustar a fugidia penosa e malvada

Quando fui ao seu encontro com uma faca afiada
Para o seu pescoço cortar e matar a danada
Não consegui porque veio atrás dela uma amarela ninhada
Resignado voltei para casa para comer o meu arroz e feijão com salada!
Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 09/03/2018
Reeditado em 01/06/2021
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