O BANQUETE.
O banquete era servido, vagabundos enrustidos, malfeitores e ladrões.
Todos participavam, dando plenas gargalhadas debochando do povão.
A gravata era de seda, o bife à milanesa, champanhe à francesa e nas maletas hum milhão.
Todos bem enfarpelados, discutiam em altos brados o destino da nação.
E lá de fora, Zé Pedreiro, olhando atordoado, sem entender quase nada, porque todos se chingavam?
E pensava tristemente coitado deles, faltou escola e educação.
Olhava incrédulo como pude perder tempo elegendo essa gente? Que vergonha que decepção.
E o banquete continuava.
Os cachorros mudavam, mas a mesa do sistema continuava.