- Pai, emprestei sua furadeira!
- Para quem?
- Uma colega de trabalho!
Livros, escovas de dente e furadeira não se emprestam. É mais antigo que os X Mandamentos, mas minha filha, alma boa, gentil e juvenil, ainda não sabia.
Uma semana depois:
- Filha, a furadeira.
- Ela disse que teve que emprestar para a amiga de um vizinho, mas que já devolve.
Meu coração disparou a mil. Não que me recuse a ajudar a quem precisa, só não gosto que abusem da minha boa fé. Já sabia que a missão seria impossível e pensava em procurar uma nova na internet quando rodei a baiana:
- Ligue para a sua amiga, agora!
Foi uma chicana ao estilo petralha.
- Pai! Será um escândalo!
- Escândalo é não ter de volta a minha furadeira.
Meia-hora de discussão, ela ligou.
- Fale que vamos lá buscar!
- Não precisa, Pai, hoje de tarde ela devolve...
Quando vi minha furadeira de volta, mal pude acreditar: houve uma quebra na ordem natural das coisas. Eu devia estar sonhando ou temos uma falha irreparável na Matrix.
Lá em casa já sabem da lei: livros, escova de dentes e a furadeira não são emprestáveis.
- E se alguém perguntar se podemos emprestar, Pai?
- Não fale que temos furadeira.
- Isso é mentira.
- Então fale que seu Pai não empresta! - É melhor ser duro como pedra que burro como uma anta!
A furadeira permance lá, estacionada, como um troféu ao ego, sendo utilizada duas ou três vezes ao ano, assim como os livros que se amontoam na estante. A coisa mais utilizada com frequência é a escova de dentes que se troca a cada 3 meses, talvez mais, só sendo substituída quando minha esposa declara que já ficou mais careca que a minha cabeça. Quanto aos livros, a par de úteis, se realmente tiver a intenção de ler ou reler, não empreste: doe. Por que assim se faz o bem!
Está escrito!
- Para quem?
- Uma colega de trabalho!
Livros, escovas de dente e furadeira não se emprestam. É mais antigo que os X Mandamentos, mas minha filha, alma boa, gentil e juvenil, ainda não sabia.
Uma semana depois:
- Filha, a furadeira.
- Ela disse que teve que emprestar para a amiga de um vizinho, mas que já devolve.
Meu coração disparou a mil. Não que me recuse a ajudar a quem precisa, só não gosto que abusem da minha boa fé. Já sabia que a missão seria impossível e pensava em procurar uma nova na internet quando rodei a baiana:
- Ligue para a sua amiga, agora!
Foi uma chicana ao estilo petralha.
- Pai! Será um escândalo!
- Escândalo é não ter de volta a minha furadeira.
Meia-hora de discussão, ela ligou.
- Fale que vamos lá buscar!
- Não precisa, Pai, hoje de tarde ela devolve...
Quando vi minha furadeira de volta, mal pude acreditar: houve uma quebra na ordem natural das coisas. Eu devia estar sonhando ou temos uma falha irreparável na Matrix.
Lá em casa já sabem da lei: livros, escova de dentes e a furadeira não são emprestáveis.
- E se alguém perguntar se podemos emprestar, Pai?
- Não fale que temos furadeira.
- Isso é mentira.
- Então fale que seu Pai não empresta! - É melhor ser duro como pedra que burro como uma anta!
A furadeira permance lá, estacionada, como um troféu ao ego, sendo utilizada duas ou três vezes ao ano, assim como os livros que se amontoam na estante. A coisa mais utilizada com frequência é a escova de dentes que se troca a cada 3 meses, talvez mais, só sendo substituída quando minha esposa declara que já ficou mais careca que a minha cabeça. Quanto aos livros, a par de úteis, se realmente tiver a intenção de ler ou reler, não empreste: doe. Por que assim se faz o bem!
Está escrito!