Por vezes, hilariantes feirantes! (EC)

Alô Dona Maria, traga sua cesta e sua bacia!

Moça bonita não paga,..., mas também não leva!

Pegue, verifique,..., mas não aperte minha banana!

Escolham, mas cuidados com meus ovos para não quebrar!

Em meio aos ditos de duplo sentido os, via de regra, abnegados trabalhadores das feiras, em jornadas extremamente desgastantes, vão levando ao povão e por vezes até para os que não são tão povão assim, suas ofertas, seus aumentos e diminuições de preços, dependendo da oferta e da procura, variações do tempo nas áreas de plantação dos produtos hortifruti e, por vezes, até ‘camuflagens’ na qualidade de seus produtos!

Esporadicamente há discussões que pululam entre componentes da freguesia e trabalhadores das barracas, existindo também por vezes, acirradas discussões entre componentes de barracas, até por motivos banais...

Mas... Como dizia meu falecido e saudoso pai, ‘no frigir dos ovos’, tudo se acerta e ainda se pode fazer alguma economia nessa antiquíssima forma de aquisição de produtos, por preços praticados dentro das possibilidades das classes menos favorecidas, que ainda podem adquirir bananas, laranjas e alguns outros produtos por dúzia, em detrimento aos mercados, atacadões, supermercados, quitandas, etc., que comercializam por peso.

Se bem que em tempos de economia em recessão, fica difícil conciliar compra de bons produtos com preços que caibam nos bolsos dos, por vezes, explorados trabalhadores!

Agradeço ao excelente comentário do MESTRE poeta/escritor e muito mais José Corrêa Martins Filho que engrandeceu esse meu texto, com a composição que segue:

Fim de feira...

Na solidão no balanço do meu dia

Em que o meu coração pulsou mudo

Fez me lembrar de uma feira vazia

E bem depois que negociaram tudo...