O GANCHO

Havia em uma cidade pequena, lá pelo interior do Brasil, um certo homem, diga-se de passagem, muito forte, que tinha um apelido de GANCHO e que surrava qualquer um que o chamasse desse apelido. Ele detestava e jurava matar um que o chamasse assim.

Pois bem, Chiquito, um magricelo que morava em outro lugarejo, certa ocasião ao chegar na praça do lugar onde morava o tal GANCHO, foi logo dizendo para os que sentados estavam?

- Cadê o tal de GANCHO, onde se encontra?

O pessoal que ali estava tranquilo, logo foi se afastando do local já presumindo o que poderia acontecer com o tal magricelo.

Mas, o tal Chiquito não deixava de gritar pelo GANCHO. O lugarejo todo ficou em polvorosa e começou a chegar gente de tudo quanto é lado para ver o que poderia acontecer.

Até que surgiu o tal GANCHO, com uma cara feia e querendo saber quem era o magricelo que estava gritando o seu apelido.

Quando viu-o, não perdeu tempo, foi logo o esbofeteando e o deixando no chão. O Magricelo, já com dentes quebrados, levantou-se e o enfrentou: - É voce que é o GANCHO, seu GANCHO!!

Prá quê!! O fortão o pegou pelo colarinho, deu-lhe um novo bofetão e o jogou longe de novo. A turma que assistiu, ficou estarrecida e logo pensou que o magricelo tinha morrido. Mas, não, ele capengando, levantou-se cambaleando e disse entre os dentes ensanguentados:

- GANCHO, CANCHO, GANCHO!!! Parecia que ele queria era morrer.

O tal GANCHO, ENRAIVECIDO, PEGOU O TAL MAGRICELO FOI O ARRASTANDO ATÉ UM RIO QUE PASSAVA PERTO DALI. AFOGOU-O!!

Passou um tempinho e o magricelo quase que morto afogado, saiu de baixo da água e tornou a dizer: - GANCHO!!

Desgraçado gritou o homem forte, dizendo que ele teria que morrer afogado. Pegou-lhe pelo pescoço e tornou a enfiá-lo debaixo da água e permaneceu por uns 4 minutos, até que achou que ele havia morrido realmente afogado. Mas, por sua surpresa, mesmo morrendo, o tal magricelo levantou um dos seus braços de dentro do rio e fez um sinal com o dedo indicador como se fôsse um GANCHO.

pauloromano
Enviado por pauloromano em 06/10/2007
Código do texto: T683757
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