Branca de neve e seus sete maridos
Em um bar se conheceram. Ela trocou o vestido azul pelo laranja para combinar com o bronzeado de duas semanas no Guarujá. Ele fez tanto alongamento que acabou aumentando cinqüenta centímetros.
Após dez minutos de conversa, trocaram telefones, se conheceram melhor, namoraram, noivaram e decidiram se casar.
Por quatro anos viveram juntos, até comerem a maçã da rotina.
Novamente em um bar, vestido laranja, corpo bombado, troca de telefones e namoro.
Segundo casamento feliz até a maçã da imaturidade dar o ar de sua graça.
Volta ao bar, laranja, e-mails trocados, juras de amor eterno e o terceiro casamento concretizou-se. Mas a maçã do egoísmo entrou em cena...
O mesmo bar, a laranja, conversa vai, conversa vem e o quarto casamento se aproxima.
De repente a macieira do ciúmes cresceu no jardim...
O bar mudou a decoração, a laranja com Wodka estava uma delícia e nem precisou muito para o quinto casamento.
Parecia uma rajada de maçãs cheias de insegurança caindo sobre suas cabeças.
No bar rolava uma música gostosa, mas a idade só permitia um suco de laranja. Trocaram olhares, confidências, desabafos e a sexta troca de alianças aconteceu em menos de dois meses.
Um dia, depois do jantar, ela jogou uma maçã em sua cabeça, pois a ira invadiu seu coração.
Música ao vivo tocando e ela estava só o bagaço. Ainda sim ele se apaixonou, pois conseguiu enxergar sua alma cítrica.
Decidiram viver felizes para sempre, por isso não se casaram.