Cachorro desconfiado

Fonseca, hoje, não queria graça com ninguém.

Estava absolutamente revoltado.

Não pude dar-lhe um carinho hoje,

E já meteu um bico do tamanho do Everest na boca.

Fonseca é dócil e amável.

Mas hoje acordou com o "rabo virado pra Lua".

Eu estava atrasado e não lhe dei atenção.

E sutil como uma âncora de navio, mostrou-me seu desgosto.

Ora, Fonseca.

Desfaça essa "cara amarrada".

A gente vai passear,

Já até o coloquei no carro.

Por que tanta desconfiança?

Não sabia que ele já estava habituado.

A todas as vezes que não lhe dera atenção,

estarem curiosamente ligadas às idas ao veterinário.

Ah, Fonseca!

Lucas Rodrigues do Carmo
Enviado por Lucas Rodrigues do Carmo em 22/05/2020
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