Uso de tecnologias por crianças

Há grandes estudos sobre o uso de tecnologia por crianças, os efeitos dos excessos e os impactos na atenção, concentração e outras habilidades! Ótimo! Até aí tudo bem, considerar os excessos, ter o equilíbrio, etc, etc, etc. Recentemente li um artigo que citava uma tabela que faz referência por idade da quantidade de exposição a eletrônicos que os pequenos podem ter por dia. Segundo esta, sabe por quanto tempo uma criança de 0-2 anos poderia assistir TV, vídeo, ser exposta a eletrônicos, desenhos? Nunca! Zero! Zero tempo! Nadinha de nada! Sabe o que isso significa? Dizer adeus ao patati patatá e mandar correr até o rastro da décima geração da galinha pintadinha! Perdoe-me os estudiosos, mas só posso acreditar que esse pessoal não deve ter filhos. Queria só pedir uma humilde licencinha para compartilhar uma pesquisa recente que euzinha mesmo fiz:

Dados da pesquisa:

Local de aplicação: My sweet home

Tempo de aplicação: Ô mô fio, é todo dia essa correria

Sujeitos da pesquisa: Criatura materna em situação de privação e criatura filial devidamente saciada, limpinha, que quer tudo ao mesmo tempo agora.

Situação problema: Atender necessidade fisiológica básica da criatura materna que carinhosamente é chamada de mamãe, mas que a determinada altura do campeonato não aguenta mais ouvir esse nome; Necessidade fisiológica em questão: qualquer uma que já ultrapassou o limiar de urgência (xixi, côcô, fome, etc)

Fatores complicadores: Não há nenhum pé de pessoa pra lhe acudir com a criança;

Fatores arrasadores: Eles sentem sinal de alerta e já abrem o berreiro quando você aparece com meia dúzia de brinquedos na mão (e você pensa que iria funcionar sua armadilha). Querem colo e se esguelham por isso ou querem liberdade irrestrita.

Fatores desesperadores: Você às vezes só precisa de 10 min sem ter ataques cardíacos porque uma criança que se locomove com independência pela casa só pode ser coisa de Deus.

Resultados esperados: Obter a quietude celestial do anjinho que você tem em casa por míseros minutos, só isso

Método: Depois de todas as estratégias infalíveis terem falido, você reconhece a sua impotência, esquece de todas as teorias, inclusive do fato de algum dia você ter se formado em psicologia e apela pra bendita galinha que a essa altura já é sua melhor aliada de anos.

Resultados obtidos: Atenção focada da criança; satisfação da necessidade básica da criatura materna; afastamento da situação estressora.

Honras ao mérito: À criaturinha pintadinha que consegue literalmente hipnotizar, como num passe de mágica pelo tempo que você necessitar.

Conclusão: É possível observar não só a função “utilidade” como a importante “necessidade”, por exemplo da nossa amiga pintadinha, para saciar necessidades fisiológicas maternas e os efeitos gerados na capacidade de concentração da criança. Sugere-se inclusive para próximas pesquisas, analisar que raios de feitiço é esse que essa maldita (ops, bendita) tem, que é capaz de paralisar a criança com seu reles e potente “pó pó” e também a fidedignidade do estudo a partir da análise da realidade por outras mães.

Bom, aqui na minha sweet home apelamos às vezes para a fofuxa pintadinha e que ela, filhota, continua vivinha da Silva Guedes Rigaud e que isso tem preservado a nossa (principalmente a minha) saúde mental. Ressaltar para os meus colegas pesquisadores que, na verdade, de verdade mesmo, eu sempre fui uma mãe ideal...em condições normais de Temperatura e Pressão e antes de ter uma filha!