Geografia Econômica: liderança é da Cuécia

Caro leitor, na verdade, essa piada está num vídeo, que dura apenas 1 minuto e 15 segundos (sem qualquer anúncio ou edição). Confira lá no link:

https://www.youtube.com/watch?v=pqjWc2gLc3c

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Completando a piada, vamos valorizar a filósofa famosa (do vídeo).

Falemos sobre a região (ou País): Cuécia.

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ASPAS abertas para o “ACERVO ‘O GLOBO’”

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Publicado: 09/07/15 - 15h 30min (Atualizado: 10/07/15 - 19h 50min)

(TÍTULO/SUBTÍTULO): Após petista ser preso com dólares na cueca, Genoino deixa presidência do PT

(Em julho de 2005, José Adalberto, que viajava com US$ 100 mil, era chefe de gabinete do deputado José Guimarães, eleito pelo partido no Ceará e inocentado pelo STJ em 2012)

Marlen Couto*

Em 2005, um episódio folclórico da política brasileira acendeu um sinal vermelho na alta cúpula do PT. No dia 8 de julho, José Adalberto Vieira da Silva, secretário de Organização do partido no Ceará, tentou embarcar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com destino a Fortaleza, carregando R$ 200 mil em uma mala e US$ 100 mil (cerca de R$ 237 mil, na época) escondidos na cueca. O petista era chefe de gabinete do então deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE), hoje líder do governo na Câmara, que foi inocentado em 2012 das acusações de envolvimento no caso por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O “dólar na cueca”, como ficou conhecido o caso, foi a gota d’água para a renúncia de José Genoino da presidência nacional do PT, dois dias após a prisão de José Adalberto da Silva.

(...)

O assessor José Adalberto da Silva, que já tinha tentado se eleger sem sucesso vereador no interior do Ceará, recebeu voz de prisão, no aeroporto, por não declarar à Receita Federal que viajava dentro do país com mais de R$ 10 mil. Era um crime contra o sistema financeiro e a ordem tributária nacional. De acordo com a apuração do jornal, ao ser indagado pela polícia sobre a origem do dinheiro levado na mala e revelado pelo raios X do aeroporto, José Adalberto alegou ser agricultor e afirmou que a alta quantia era fruto da venda de legumes na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp). Suas mãos “bem cuidadas” e o esmalte incolor que usava nas unhas, destoantes do esperado para um agricultor, contudo, despertaram suspeitas. Numa sala reservada, os US$ 100 mil sob a cueca foram, enfim, descobertos. Em outro depoimento, mudou sua versão da história e disse que se tratava de um empréstimo de um amigo para iniciar um negócio. Da noite para o dia, o petista se tornou conhecido em todo o país e inspirou piadas na internet e nas ruas, inclusive do grupo Confraria do Garoto, no Rio.

Poucos dias depois, a Polícia Federal iniciou uma investigação sobre o possível esquema de caixa dois no PT do Ceará. Antes de ser preso com quase meio milhão de reais, José Adalberto telefonou para o também petista Kennedy Moura, assessor especial em Brasília da presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). A suspeita do Ministério Público era de que o dinheiro recolhido de empresários, que teriam recebido empréstimos facilitados do BNB, seria destinado a Moura e abasteceria campanhas estaduais. Em 2014, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) condenou Kennedy, José Adalberto e Roberto Smith, então presidente do BNB, por irregularidades na liberação de recursos para o consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste (STN), responsável pela construção de uma linha de transmissão de energia elétrica ligando Teresina à Fortaleza. Eles ainda podem recorrer da decisão.

As investigações apontavam supostas ligações entre José Guimarães e o episódio. O trecho da viagem de José Adalberto de Fortaleza para São Paulo teria sido pago com cheque de seu assessor, José Vicente Ferreira. Em junho de 2012, o STJ, contudo, considerou que não havia provas ou indícios de que o deputado tivesse obtido vantagens e o livrou da acusação de improbidade administrativa. “A meu sentir, tenho que tais circunstâncias, de relação de amizade e companheirismo político e partidário, não são o bastante para sustentar uma ação de improbidade em relação ao recorrente”, afirmou na época o ministro relator da decisão Benedito Gonçalves.

*estagiário sob supervisão do editor Gustavo Villela

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------- PREVIOUSLY on “O GLOBO”:

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Do escândalo da cueca a estrela em ascensão: José Guimarães deve virar líder do PT na Câmara

(Escrito por: Maria Lima)

29/10/2011 - 00:00 / Atualizado em 03/11/2011 - 11:52

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BRASÍLIA - Mais um escândalo do PT, o primeiro "dinheiro na cueca" protagonizado pelo deputado José Nobre Guimarães (PT-CE) e seu ex-assessor parlamentar petista José Adalberto Vieira da Silva, aos poucos, também vai virando piada de salão. Como o mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP), que foi reabilitado e dirige hoje a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão da Câmara, o suposto dono dos US$ 100 mil transportados na cueca de Adalberto, no auge do escândalo do mensalão, em junho de 2005, é uma estrela em ascensão e galga, a passos largos, postos de comando na Casa.

Guimarães é vice-líder do governo e despacha em reuniões no gabinete do líder Cândido Vaccarezza (PT-SP). O próximo passo é assumir a liderança do PT na Câmara em substituição a Paulo Teixeira (PT-SP), em fevereiro.

Em seu segundo mandato de deputado federal, o irmão do ex-deputado José Genoino - como ainda é apontado por muitos no Congresso apesar de já ter estrela própria - não esconde o prestígio que adquiriu no comando de articula$ções para votação de matérias estratégicas para o governo.

Ele foi o relator da MP que instituiu o polêmico Regime de Contratação Diferenciada (RDC) para obras da Copa de 2014.

\\ ASPAS fechadas para o “ACERVO ‘O GLOBO’”.

Confira em:

https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/apos-petista-ser-preso-com-dolares-na-cueca-genoino-deixa-presidencia-do-pt-16716774

Confira a segunda parte em:

https://oglobo.globo.com/politica/do-escandalo-da-cueca-estrela-em-ascensao-jose-guimaraes-deve-virar-lider-do-pt-na-camara-3079210

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Comentando aqui, o Tex.

A Cuécia, conforme enunciado filosófico de Marcia Tiburi, tem uma localização dentro dos limites territoriais machistas “cuecais”.

Mas a referida filósofa, evidentemente, não trata da exclusividade de gênero.