Não mexe com quem está quieto

Sempre ouvi essa expressão, mas nunca tinha compreendido, até esse dia. Eram umas onze da manhã, morava próximo ao rio Paraiba, atravessei a Rússia e segui pelo corredor ao lado do curral, de longe vi um bicho entrando no buraco da estaca, quase chegando a margem do rio, me deu a louca e chutei forte a estação, dei uma voadora mesmo, de repente saiu lá de dentro um besouro, grande, preto, injuriado, esse bicho veio para cima de mim violento, eu corri, ele veio atrás, correndo e olhando e ele chegando cada vez mais perto, me joguei na água mergulhando, subia para respirar e ele pairando sobre a água, vindo ao meu ataque, mergulhava, subia e ele lá voando sobre a água, peguei um punhado de areia do leito do rio e joguei nele, que se afastou, corri para casa e ele atrás, adentrei e bati a porta, ele bateu na madeira que chega fez barulho, a partir desse dia nunca mais mexi com quem está quieto.

Coração poético
Enviado por Coração poético em 25/01/2021
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