Acabei o forró, na pimenta

Quando pré adolescente, eu era muito levada, a 150 metros da minha casa, numa próxima, quase todos os sábados, tinha as tradicionais salas de reboco, um forró arrochado, tocado num som 3 em 1, a juventude da minha época esperava ansiosa os bailes, que chegasse logo o sábado para poder ir lá, paquerar, dançar, havia um bar ao lado da casa, que pertencia aos mesmos donos da casa que disponibilizavam sua sala, era lá nosso poiar, naquela época.

Oxe! Eu ia com minha irmã mais nova, a gente se organizava numa estratégia boa para as duas, uma dançava enquanto a outra ficava do lado de fora, olhando se painho vinha, pois ele não dava permissão, achava o lugar inapropriado para suas filhas, mas toda rua ia, nossos amigos todos.

Nisso, lá a gente paquerava, às vezes rolava um beijinho, tudo na inocência, quando painho aparecia na esquina da rua, tirávamos a outra do salão e íamos encontrar com ele, e voltávamos para casa, morríamos de medo dele fazer escândalo lá no baile , então ficávamos bravas e íamos dormir.

No dia seguinte, nossos amigos(as), ficavam zoando da gente, falando como foi maravilhoso, quem ficou com quem, o que aconteceu depois que fomos embora.

Certo sábado, antes de sair de casa, fui no quintal, peguei um punhado de pimenta malagueta, vermelhinha, coloquei no bolso e fomos para o baile fugindo de painho.

Chegando lá dancei, curti, junto com minha irmã, sempre revezando, após um tempo, estava dançando com um paquera, minha irmã vem e fala que nosso pai estava vindo, da esquina da rua até o baile dá uns 50 metros, convidei o parceiro para rodopiar no salão, enquanto isso disfarçadamente soltei as pimentas no salão, ninguém percebeu, nem ele, fui embora.

Já em casa após o sermão de painho, ficamos sentados na calçada, uns 20 minutos depois, vem nossos amigos bravos, perguntei o que foi? Então disseram que só bastou a gente sair, que acabaram o baile, porque alguém soltou pimenta no salão, o povo dançando, esmagou , os olhos queimando, lacrimejando, espirros para todo lado, assim acabou o baile. Eu falei: Nossa, quem faria isso! Que maldade! Quem faria. Isso? O meu amiga falou que na hora que pegasse o engraçadinho tava lascado, ia bater, eu disse: E eu ajudo. Até agora ninguém sabe quem acabou o baile, tadinhos.

PS: Desculpe pela estética do texto, meu celular não tem Word, dígito no bloco de notas ou direto aqui, as vezes não consigo colocar estética.

Coração poético
Enviado por Coração poético em 26/06/2021
Reeditado em 27/06/2021
Código do texto: T7287503
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