O RUN PARA O TIRADENTES

Julho meados de festa, festival de inverno de 2006, evento expansivo, cultural e artístico de Ouro Preto, neste dia chegamos bem cedo, era o dia mais esperado do festival, pelo menos para nós, lembro que reunimos na casa de uma colega. Para fazermos nosso ritual etílico, éramos em uns 9 mais ou menos, e por ali ficamos alguns instantes bebendo e falando “Besteira cultural” nessa época éramos chamados de piratas pelo grande consumo de Run montilla. E quando resolvemos sair dali para subirmos para a praça para o tão esperado show nesse dia a “Banda Tianastácia” de BH, foi quando sentimos a falta de dois dos integrantes da pirataria, mas mesmo assim resolvemos continuar subindo, chegando na praça sentamos aos pés da estatua do Mártir Tiradentes e ali ficamos enchendo ainda mais a funaca, esperando o show, quando de repente surge os dois que haviam dispersado de nós, quando olhei para um deles percebi que tinha algo diferente em sua aparência, então olhei fixamente para ele, e não é que o louco tinha feito chapinha em sua vasta cabeleira ouriçada, quando digo ouriçada por que parecia molas mesmo. Foi quando o resto da turma também viu o feito e a criatura de mechas estilizadas, putz, mas aquilo me despertou uma cóssega na garganta que parecia até uma Iena de tanto rir sem parar, tava engraçado demais, um homem de 2 metros de altura com aquela vasta cabeleira, ao passar alguns instantes o show começa e junto com ele a chuva, meio fraquinha tipo garoa, e enquanto a banda tocava o cabelo do dito cujo molhava parecia ate uma sintonia rockiana, quando olhei para o “Grande Homem” a juba tava mais rebelde que argentino em joga contra o Brasil, agora já parecia o rei das selvas, só que ao invés de comer carne bebia run e sacudia a vasta e ainda loira cabeleira e não dando por satisfeito resolve atazanar a estatua do herói tiradentes, que para ele naquele momento parecia ter vida.Então profere os seguintes dizeres já bem gritado com a voz mais tremula que ele: “ai veio tu ta achando que vou levar run para você ai em cima? Bonitinho... você que não tira essa corda do pescoço e vem aqui embaixo não para você ver...está acabando” eu só sei que quando lembro disso, até hoje dou bastante risadas, e o mais engraçado é que quando íamos embora no outro dia bem cedo, ele para e dá umas cambaleadas olha novamente para o Mártir e diz: “Eu ainda deixo esse cara sem cabeça de tanto beber”.

Tenho até foto disso !!!!

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 13/11/2007
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