MEUS TRÊS SACOS ESCOTRAIS
Costumo dizer que Deus me dera dois sacos, com seus respectivos escrotos dentro. Um mais avantajado e o outro, acanhado. O avantajado, para servir de “saco de pancada” e o acanhado, para reprodução.
Pois é!
A coisa deveria ter funcionado mais ou menos assim:
O escroto maior estaria sempre no front da batalha. Levando chutes. Todos os tipos de chutes, e tabefes. Enquanto seu irmãozinho, o acanhado, permaneceria na retaguarda; protegido, para que pudesse suscitar filhos.
O escroto maior até que teve seus momentos muito difíceis; mas conseguiu sobreviver. Vermelho, inchado, dolorido... mas sobreviveu. Hoje até que criou certa resistência às intempéries da vida. Não é qualquer tipo de “pontapé” que vai deixa-lo mal-humorado.
Enquanto isso... o escroto acanhado já vai nas “casas dos netos”.
Tudo isso, para que eu pudesse: “ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro”. Quanto a este, último, pelo menos já estou na introdução.
Somente que, recentemente, nasceu um TERCEIRO SACO ESCOTRAL, com seu respectivo escroto dentro.
Aí a coisa pegou!
Ele nasceu “meio de lado”, pra “dar o seu recado”. Como se não tivesse nada a ver com as “anterioridades”.
Uma espécie de “Saco Escrotal Pós-Pandêmico”.
Já o médico lhe deu o nome de Hérnia Inguinal Esquerda.
De qualquer modo me considero um privilegiado, por essa raridade...
Por – a essa altura do campeonato – possuir um Escroto da Direita, um Escroto da Esquerda e um Escroto Centrão.
Todos dentro de seus respectivos sacos... esperando a conclusão do citado livro