ZÉ DE CARLOTA

ZÉ DE CARLOTA

Zé de Dona Carlota como é conhecido aqui em Calambau, nasceu em Cipotânea e vinha muito a Calambau quando jovem, por ser sobrinho do então Padre Grossi e irmão da dona Zica esposa do Quequé. Ainda jovem foi para o Rio onde completou os estudos e trabalhava em uma farmácia de seus parentes. Por morar muito tempo no Rio ele “cariocou” tornando-se muito alegre e com o sotaque carioca. Nas férias quando vinha a Calambau, aumentava aqui o seu ciclo de amizades, inclusive com o meu pai José Carneiro o qual o considerava muito.

Pois bem, dentre as suas maneiras alegres de viver vamos destacar algumas que são do conhecimento de seus amigos:

_ O Chuchu de Quequé

Certa vez quando veio a Calambau e hospedando-se na casa do cunhado, disse-lhe: - Queque’ amanhã no almoço eu desejo comer chuchu, pois faz tempo que não como. De manhã, após o café, o Quequé foi para a horta e colheu vários chuchus. Preparando o almoço o José prontificou-se a ajudar a sua irmã Zita. Na hora de colocar o chuchu na panela ele disse: se tiver umas salsichas e alguns palmitos ele fica bem melhor. Ouvindo isso o Quequé providenciou o pedido. Enquanto o Zé ia cozinhando a mistura, ele voltou-se para o Quequé e disse-lhe: o chuchu vai ficar bom, mas se adicionarmos uns pimentões e um pouco de azeitonas, ficará melhor. E lá vai o Quequé providenciar o pedido...

Quando o pessoal da casa achava que havia terminada a receita veio a última pedida do Zé:

Se tivesse cem gramas de queijo parmesão ralado o chuchu ficará uma delícia. E vai o Quequé providenciar..

Depois de tudo pronto e acabado o almoço veio a pergunta do Zé:- O que acharam do chuchu?

Resposta do Quequé:- com açúcar até jiló é doce...

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Murilo Vidigal Carneiro

Calambau, agosto de 2023

murilo de calambau
Enviado por murilo de calambau em 09/09/2023
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