Don Quixote e Brancaleone, defensores da nossa indignação.

Assisto na televisão e por relatos de jovens canhotistas, as "bravuras" (bravatas, isso sim) que eles fazem com bolsonarista solitário (algumas vezes, uma dupla). Esses Don Quixote têm o único intuito de provocar estudantes petistas e fazer o mesmo nas manifestações esquerdistas. Ao mesmo tempo que acham que se promovem na mídia.

O que vemos é o sujeito sendo empurrado, xingado e posto pra fora. Simplesmente assim.

Caso emblemático foi o de um debate programado entre um deputado liberal e uma deputada petista. O tema era educação. A primeira hora, se vê o pequeno auditório repleto de estudantes e professores. Feita as apresentações, a deputada petista falou durante vinte minutos. Quando chegou a vez do deputado liberal, uma turba barulhenta invadiu o auditório, espancaram o deputado e sua equipe de três ou quatro e os expulsaram do recinto.

Depois, esses Brancaleones aparecem se queixando da falta de democracia e do fascismo da esquerda. 'Tadinhos!

Não se ganha a batalha dissertando argumentos válidos com militantes que usam o argumento da força.

Queira-se ou não, a belicosidade recíproca é necessária. Não estou estimulando a violência, mas a exigindo, como recíproca. O que esses quixotescos fazem é intimidar seus próprios seguidores. É sine quae non que ninguém goste de sofrer escarradas no rosto. De ser cutucado no anus.

O interessante é que a plateia de estudantes e professores que queriam ouvir o debate, não deu um pio. Espero que em algum momento alguém lhes esfreguem nas caras a história do holocausto. A passividade deles já foi denunciada por Hanna Arendt.

Esses fatos não seriam tão cômicos, se não fossem trágicos.