Plantando o ovo!

Dia quente, a recepção da clínica cheia o interfone toca, mais um cliente, entra uma senhora de origem Portuguesa, foi entrando,cumprimentando a todos e começou a falar, vejam só, minha menina tão novinha, virgem ainda e não é que hoje encontramos ela com um vira latas sem vergonda da rua, agora o que vai ser dela?

A senhora falava tão alto que o veterináro podia ouvi-la, mesmo com a porta do consultório fechada e ela continuava falando sem parar. A minha (MARICOTA) anda de colo em colo, tem um monte de roupinhas, caminha, brinquedos, todo mundo adora ela lá em casa, ela é a princesinha da casa, agora ainda pouco entrou um cachorro vagubundo de rua mesmo, seduziu minha (MARICOTA),chamou ela num canto e creu... (palavras da senhora) e agora? Não sei o que fazer!

Safada nem gritou, ficou quietinha, traidora, criada com todo carinho e foi deitar logo com esse vagabundo.

A senhora estava mesmo muito nervosa, olhava para a cadela e dizia, ai, ai ,ai... Se você está pensando que eu vou cuidar desses seus filhos, está muito enganada, ai! Que raiva... Minha vontade é colocar você pra fora de casa.

Quando chegou a sua vez, a senhora foi logo entrando rapidamente no consultório, mas lá chegando ficou sem graça, permaneceu quieta por uns segundos, o veterinário então pergunta-lhe, qual a queixa do animal?

Olha doutore se tem alguém aqui pra reclamar alguma coisa esse alguém sou eu, imagina seu doutore que essa desnaturada cruzou hoje cedo com um cachorro de rua, por favor doutore que podemos fazer?

O veterinário explica que existe medicamentos que em caso de cruzas indesejadas como no caso da (MARICOTA), a senhora interrompe o veterinário e diz. Não senhore ela queria sim, porque estava escondidinha a safada. o médico finge não ter ouvido e continua, então senhora, eu estava falando que existe medicamentos que quando aplicados adequadamente, impedirá a implantação do ovo no útero, caso haja uma fecundação.

A Senhora, pois é doutore, ele plantou mesmo o ovo nela,

não é isso senhora, quero dizer que se aplicarmos o medicamento ela não vai ter os filhotinhos, ela fingiu que entendeu, o médico também finjiu que a senhora havia entendido e aplicou o medicamento no animal.

O veterináro sentou-se para prescrever os medicamentos e cuidados com a paciente, a senhora permaneceu parada ao lado da (MARICOTA), quando o médico lhe falou: Pode retirar a cadela da mesa de atendimento, como doutore estou aqui esperando, esperando o que minha senhora?

Doutore não saio daqui até sair o ovo que aquele vagabundo plantou na minha (MARICOTA)!

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 14/12/2005
Reeditado em 14/12/2005
Código do texto: T85613
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.