Mil vozes, cem mil vezes invejosas

ó verso eterno, há aqui quem te chama

– esses que imploram tua imortalidade

clamam por ti sem sossego mil vozes

verso infinito, inveja-te a gente

– essa que sob o lençol da existência

passa e definha e enfim desaparece

clamam até a exaustão cem mil vezes

clamam pois só tu, ó verso, persistes