RESSURREIÇÃO

Ainda verei o cravo se soltar abrupto da palma da mão

E como cravo brotar de sementes sem água e sem chão.

Ao lado dele haverá de brotar arroz e a Última Flor do Lácio.

Sei que junto virá a chuva água abaixo, abundante e fértil;

Fará renascer fresca, por entre as rachaduras do solo estéril,

As minas emudecidas. Das minas surgirão rios caudalosos.

Na ara nua não haverá mais ofertas de sacrifícios cruentos.

Estaremos então, todos ressuscitados de nossos tormentos.