SEM NEURAS...

Cale-se deste bardo a pobre lira

– do menestrel a voz se dê silente,

que de ilusões irei sair da mira.

Vou dar-me tempo, ir-me já embora,

de ti levando, sempre, eternamente,

lembranças indeléveis, mundo a fora.

A mim, só meu silêncio por vindita...

Sem neuras ou transtornos ou desdita.

Fort., 25/04/2012.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 25/04/2012
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