INSTANTES

Solidão em câmera lenta, densa madrugada,
Destempero - desespero - amargura,
Nudez, impasse, embate com a loucura.


Carmas, fantasmas além da conta,
Um sol preguiçoso, que não desponta,
Não acaricia, não beija a alma sombreada.


Instantes errantes, explosivos, vontade,

De ser ave e se perder no vão da imensidade.



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REALIDADE 

Sozinha na madrugada que se arrasta,
eu me sinto perdida em densa bruma.
Solidão que me deprime, que me desgasta... 


Alegria, faz tempo, não há nenhuma.
Sou com'uma folha solta na borrasca,
que o vento carrega ao léu, sou uma pluma. 


Errante não tenho luz, me falta o guia. 

Amargura, angústia enorme é companhia.