AS HORAS

As horas, ágeis horas, horas lebres

pisando cada instante a devorá-los

famintas e nefandas, horas feras...

Fulminam tudo em doida e bruta febre,

desarvorando o tempo em bravo abalo;

e encerram no passado o alvor quimera...

Mas salvo o beijo teu de tal maldade...

Guardado em mim, no leito da saudade.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 28/08/2012
Código do texto: T3852898
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