TERMINAL

Ai, não suporto mais o amor mortiço

que crava ao peito chumbo tão maciço

e lento, lento, arrasta seu final.

Nós éramos folhagens se alastrando

e somos, ora, pedras se quebrando

aos golpes da rotina vil, letal.

Tão cálidos na brasa do quebranto...

Tão pálidos no seco desencanto...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 03/09/2012
Código do texto: T3863434
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