Prazer
A noite cauteriza a lousa em frágua
e onde o giz branco singra sobre o rio,
risca o barco seu rastro de arrepio
e o remo cava círculos na água.
Se o contorno do seio molda a argila
e alumia a abertura do decote
não há de haver prazer que não se esgote
no despir-se a verdade e possuí-la.