A céu aberto...
A céu aberto, insignificância
entre quatro paredes, miséria
vida insensível, a quem comove?
Ignorar, esconder? conforto, alienação...
Na grande cidade o desprezo vil da soma dos egoísmos
De sociedade, civilização, chamada...
Vidas entrelaçadas numa insônia única, alma perde o riso
Tristeza por todo lado é poço que sepulta...
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Grilhões... (Indrisos, continuando)
Porque dela (tristeza) se alimenta a vida e a terra...
esperança nenhuma, sonhos ausentes, apenas memórias...
na vida igual, no trabalho igual, na dor igual...
E a morte por todo lado, atacando descarada, indiscreta
é mais forte que os mortos
estes calados obedientes respeitosos...
Mortos que morrem mas vivem
Teimam porque a memória persiste.
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Trocista...( indrisos, continuando)
Um tempo só, indefinido, único no entanto,
sem início nem fim como a tristeza
revolta, solidão, nunca esperança...
Porque o tempo não é o que será
o tempo ri, não sorri
apenas desdenha, pérfido, implacável
Aborrecido...
mas, trocista do destino da gente...
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