A POMBA DA PAZ

A floresta estava toda muito agitada, era um disse me disse sem fim. O Macaco irritado com a cobra, porquanto na noite anterior, havia escolhido logo o seu galho preferido para dormir. 

O Leão nem se fala irritadíssimo, pois, as Hienas comeram a caça que ele havia abatido dois dias atrás, guardando o excedente para se alimentar quando lhe desse vontade. Quando sentiu fome, cadê o seu almoço? Nem os ossos existiam mais. Isso não está certo, isso tem de acabar, dizia o Leão aos berros. 

Os Pássaros eram os que faziam mais alvoroço, aquilo chegava a ser mesmo uma passeata. Não se conformavam com as Raposas que vinham em seus ninhos, e roubavam os ovos de suas crias, por isso, gritavam sem parar: "OVOS SIM, RAPOSAS NÃO". 

Algumas aves reivindicavam pena de morte para esse tipo de crime, enfim, cada família da floresta tinha as suas queixas. A agitação era tamanha, que ninguém mais se entendia. Era tanto alvoroço que, um não escutava o que o outro dizia. 

Num dado momento a pomba calada, espiava tudo de cima de uma árvore e voou. Era uma pomba branca enorme, silenciosa somente a sua sombra passeava meio a multidão. Todos estavam curiosos, e se colocaram a olhar para o céu, a procurar o dono daquela sombra majestosa. 

A ave branca apareceu para todos. Apareceu serena quieta e grandiosa! Por alguns segundos a floresta emudeceu-se para admirar a Pomba. Como é linda dizia o macaco, toda branquinha e voa tão bem, falou a Cobra. 

As Hienas olhando para o céu comentaram: é um voo sereno, acalma só de a gente olhar. O Leão retrucou em voz baixa. Nunca imaginei que um dia iria concordar com elas. 

A Raposa então, elucidou o fato. Gente é a Pomba da Paz! Vejam como a floresta está calma, sem nenhuma briga e uns foram pedindo desculpas aos outros, com todos se abraçando para ver a Pomba da Paz voar. Voar tal qual uma nuvem branca colorindo o céu.

Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 10/11/2008
Reeditado em 25/09/2021
Código do texto: T1275639
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