O Natal pelos olhos da menina

Uma árvore tão grande na casa do vovô Pedro e da vovó Dirce, estava cheinha de vaga-lumes, acendiam e apagavam suas luzinhas, pelas folhas que apareciam entre os presentinhos e borboletas que estavam descansando nos galhos.
O alvoroço pela casa era grande, todos diziam que naquela noite o menino Jesus tinha nascido e que iríamos festejar seu nascimento e que o Papai Noel, seu enviado especial, traria presentes para todos nós.
Fomos passear antes da meia noite, visitamos pessoas que amamos para desejar Feliz Natal.
Foi tão bom ver meus irmãozinhos, minhas cunhadas e minhas sobrinhas... Ah, não vejo a hora de vê-las maiores, para que possamos brincar juntas.
Olho para estas meninas tão lindas e sorridentes, a vontade que sinto de pegá-las no colo como se fossem minhas bonequinhas é imensa...
Nossa família reunida ali, antes do soar dos sininhos das igrejas anunciando o aniversário do Jesus Menino... Pais e filhos que se abraçam, que ganham o colinho do papai e da mamãe, o conforto e a segurança que só o amor é capaz de construir, o sentimento tão puro e fiél, o Amor.
As pessoas esperam esta data, 25 de Dezembro para comemorar o Natal, mas o Amor a gente tem que comemorar todos os dias, não é?
Quando ganho o colinho do papai, da mamãe, dos meus avós, meus irmãos, cunhadas, tios e primos, sinto o Amor do Natal presente.
Depois, fomos ver o vovô Armínio e a vovó Magali, fazia um tempo que não os via, mas aquelas vozes não eram estranhas, sempre que possível, papai me deixa falar com eles ao telefone, falo feito uma tagarela, mas a vovó Magali não entende quase nada, acho que terei que crescer um catiquim para ela entender e podermos conversar mais...
Os olhos da vovó e do vovô, como brilhavam ao me verem ali, meu priminho Nicolas que queria me abraçar e que eu corri dele, tão engraçadinho conversando sua língua de anjinhos, acho que ele também queria brincar comigo.
De repente quando vi, já estava de volta à casa do vovô Pedro, parecia que eu tinha vivido um sonho, mas não, havia dormido no caminho de volta.
A cidade cheia de luzes, com suas pontes enfeitadas de vaga-lumes embalaram meu soninho...
E depois, quando vi aquele homem alto de barba branca... O Papai Noel, meus priminhos Gabriela e Rafael falavam saltitantes e radiantes...
A princípio fiquei temerosa, mas depois do segundo presentinho... Ah, não via a hora de escutar meu nome sendo dito por ele, pelo velhinho de barba branca!
Assim foi meu Natal...

Leticia

PS: Pelas mãos da mamãe.