O Anão que virava cavalo.

O Anão que virava cavalo.

Esta nossa estória começa pelo o amor de André que nasceu anão, por Patrícia, uma bela morena, esta bem alta, bem grande na beleza que em uma vassourada e outra trabalhava na casa de sua patroa, à Mirtes, cresceu vendo sua mãe trabalhar para ela, esta ao morrer deixou Patrícia com 16 (dezesseis) anos de idade e mais 07 (sete) irmãos que moravam em um barraco de papelão medindo 05 (cinco) m por 05 (cinco)m e com a ausência do pai, esta se sentiu obrigada a trabalhar na casa de Mirtes para ajudar a manter os irmãos.

Depois da morte da mãe de patrícia, Mirtes começou a tratá-la muito mal, hoje quando Patrícia foi abrir a geladeira para tirar a carne para fazer o almoço da família de Mirtes, viu dentro da geladeira alguns brigadeiros, dirigiu-se à patroa dizendo: estão dando água na boca, quando Patrícia colocou a mão no congelador para retira a carne, Mirtes bateu violentamente a porta da geladeira na mão de Patrícia que falou: senhora, eu não ia pegar os doces que se encontravam na prateleira e sim a carne que está no congelador.

Mirtes pediu desculpas e com um sorriso cínico disse: eu não sei o que deu em mim.

Patrícia ficou com um inchaço na mão direita e mesmo assim teve que fazer as suas tarefas domésticas na casa de Mirtes.

Outro dia Patrícia, ainda com a mão inchada e ao pegar uma panela no fogão com um pano de prato, o pano veio a queimar-se, Mirtes que entrava na cozinha, levando umas compras, deu um berro com Patrícia, chamando-a de burra, estúpida, pegando sua mão, colocando-a sobre o acendedor em brasa, dizendo: veja só se é bom queimar a coisa dos outros.

Patrícia saiu em lágrimas para os eu barraco, com a mão inchada e roxa, agora na mesma mão uma queimadura.

E como desgraça pouca é bobagem, nesse dia durante a noite caiu uma tempestade que retirou as folhas de latão que cobriam seu barraco.

Agora, Patrícia com todo sofrimento ocorrido no emprego, se vê sem teto e com os 07 (sete) irmãos pequenos “a Deus dará”.

Sem ter para onde ir e a quem recorrer procurou a patroa que quando viu Patrícia com os irmãos todos molhados disse: o que esses pivetinhos estão fazendo aqui, xôôô, xôôô vão caçar sua turma.

Quando Patrícia explicou a tragédia trazida pela tempestade, à patroa responde: cada um tem a vida que merece e o que aconteceu ou deixou de acontecer não é problema meu, Mirtes bate a porta na cara de Patrícia e dos seus irmãos.

Patrícia insiste batendo à porta, implora por ajuda, mas nem tanto por ela, ma sim por seus irmãos menores.

Mirtes chama a polícia e relata que pivetes estão tentando arrombar a sua casa, quando a polícia chega vê Patrícia com os 07 (sete) irmãos molhados e em mal trapilhos, não pensou duas vezes, com vários golpes de cassetetes agridem Patrícia e seus irmãos, retirando-os da porta da casa de Mirtes.

André, um homem de 45 (quarenta e cinco) anos de idade e anão, ao passar pela rua depara com àquela cena, Patrícia e irmãos, molhados, mal trapilhos e machucados. Aproxima-se e pergunta o que aconteceu? Patrícia o explica e é acolhida juntamente com os seus irmãos pelo o André em sua casa, dando-lhe comida e pousada.

Os dias se passaram e André começou a olhar Patrícia com outros olhos, começando a dar-lhe roupas e bugigangas, não só para ela, mas também a seus irmãos.

André era porteiro, começou a levar Patrícia e os irmãos ao parque, perguntando-lhe sobre sua vida e se tinha namorado.

Patrícia respondeu-lhe: eu sonho com um príncipe encantado, montado em um cavalo cor de terra que me pegaria sem eu estar esperando, quando eu estivesse caminhando pelas ruas, me pegando, me entrelaçando seus braços em minha cintura, me colocando sobe o cavalo, os quais cavalgariam juntos, depois rolaríamos pelo o chão suado dos nossos corpos num amor galopante.

André pergunta à Patrícia: Por que cavalo cor de terra se geralmente a s moças preferem cavalo branco com o seu príncipe encantado.

Patrícia responde: terra quer dizer; vida, força, poder e energia.

André retrucou: segurando à mão de Patrícia, colocando-a sobre a sua e num jeito todo zeloso disse: eu achei que teria alguma chance com você, pelo visto você me vê apenas como amigo retrucou Patrícia, bom amigo!

Depois daquele dia as vidas de Patrícia e de André não seriam mais as mesmas.

André insistia em suas pretensões amorosas com Patrícia, esta já se sentia incomodada com a presença de André e pra piorar, ela morava na casa de André de favor e não tinha para onde ir.

André, quando chegava do serviço encontrava a casa arrumada, comidinha pronta, mas nunca Patrícia que se trancava no quarto.

André só via os irmãos de Patrícia, transitando pela casa, todos à vontade, menos o coração de André que se escondia em um quarto e algumas vezes falavam só através do obstáculo da porta trancada, uma fala curta e rápida.

Um dia André passou mal no serviço e veio mais cedo para casa, quando avistou ao longe, Patrícia que caminhava pela a rua sozinha e pensativa. De repente uma súbita loucura bateu em André, que se ajoelhou, com os olhos em lágrimas, rogou a Deus com tanto fervor, pedindo que este o transformasse em um cavalo cor de terra, que só assim conseguiria se aproximar de Patrícia e até ser amado por ela.

Deus na sua infinita bondade e no seu imenso coração deixou cair do céu uma gota d”água que transformou André em um lindo cavalo cor de terra e assim se aproximou de Patrícia, quando ela estava de costas, sentindo algo roçar as suas costas, assustando-se, virando-se rapidamente para trás viu o cavalo cor de terra, dando um sorriso e dizendo, a onde está o meu príncipe, continuando a andar, o cavalo a acompanhava.

Toda vez que André queria sentir os carinhos e Patrícia, ele olhava para o céu e a gota d”água caia sobre ele transformando-o em um lindo cavalo cor de terra

Os dias foram passando e Patrícia apegava-se cada vez mais ao cavalo, chegando a comentar desse animal com André, que era todo sorriso e ficava cheio de vida ao escutar as palavras entusiasmadas de Patrícia.

André então disse à Patrícia: traga esse animal para morar conosco e eu construo uma baia no quintal.

Patrícia respondeu, eu amo tanto esse cavalo que dormiria junto com ele na minha cama por toda minha vida.

André, novamente rogou AA Deus não só pedindo que o transformasse em cavalo, mas que o deixasse pra sempre como cavalo pra viver ao lado de sua amada.

Assim foi feito, Deus atendeu ao pedido de André, que se sentia impossibilitado de ter o amor de Patrícia como homem.

Patrícia e André, agora cavalo cor de terra, viveram felizes para sempre.

luiz remidio
Enviado por luiz remidio em 26/01/2009
Código do texto: T1405110
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.