A BRUXA FALSIFICADA

Céu medonho sem lua e estrelas, está negro

Barulhos pavorosos, é mesmo assustador

Vejo variedade de bicho: aranha, morcego

Sapo, rato, barata, cobra... Um horror!

É sexta-feira treze, dizem que é dia de azar

Voando em sua vassoura, a malvada bruxa

Dando horrível gargalhada para assustar

Olhos arregalados, o menino diz: “- Puxa!”

Um cheiro no ar de algo ruim, estragado

Vindo do caldeirão daquela bruxa feia

De certo que preparou um ensopado

Vai oferecer aos convidados na ceia.

Surgiu um assunto muito engraçado

Quase não acreditei naquele papo

Ora veja, que fato mais inusitado...

Essa bruxa morre de medo de sapo!

“-Já não fazem nada como antigamente...

Essa feiticeira deve ser do Paraguai!”

Disse uma vovozinha, a dona Clemente.

A bruxa fugiu do sapo gritando: -“Ai, ai, ai...”

;D